Arthur Carvalho: cartolas - praga do futebol
Sport, Santa Cruz, Náutico e América tiveram grandes presidentes. Meta essa turma na cadeia, Alessandro, tanto os grandes quanto os pequenos

Quando os marginais da tal Torcida Organizada do Sport depredaram o ônibus da delegação de futebol do Fortaleza, com várias vítimas de lesões graves, Seu Yuri declarou, fingindo indignação e num cinismo revoltante, que iria perguntar à Governadora quando isso iria acabar, no que foi acompanhado em desfaçatez por seu cúmplice Evandro, eterno Presidente da FPE, que acusava os Senadores da República pelo massacre.
Neste espaço, eu disse que não seria necessário incomodar Raquel Lyra, sendo bastante publicar e remeter à Polícia as fotos dos membros da torcida trajando suas camisas padronizadas e abraçados ao Seu Yuri, na festa de sua eleição na presidência do Sport.
Sei que Alessandro Carvalho afirmou que um dos presos, "após a guerra entre torcidas organizadas do Santa Cruz e do Sport, estava envolvido no ataque a bomba ao ônibus do Fortaleza em 23-02-2024." E aí?
A conivência dos dirigentes
O Secretário de Defesa Social acusa os dirigentes (leia-se cartolas) dos clubes de serem "coniventes com as Organizadas.
Tem diretor de clube que financia, dá passagem de ônibus, ingresso- cortesia." Esqueceu das passagens aéreas interestaduais para as digníssimas madames dos beneficiados passearem em Copacabana ou fazerem cirurgias plásticas com os renomados médicos especialistas de São Paulo.
Quem quiser ser bom, mate os velhos. Meu caro e jovem conterrâneo Alessandro Carvalho, dizia Rubem Braga que "o que é Braga é bom."
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Futuro da justiça
Parafraseando o cronista, o que é Carvalho é bom. Você ainda não era nascido, meu avô materno, advogado pernambucano, Arthur Eduardo de Oliveira, neto do Barão de Beberibe, meu pai baiano e engenheiro civil Carlos Koch de Carvalho, depois Conselheiro do Sport, e meu tio materno e cearense Eugênio Walter de Oliveira, Inspetor do Banco do Brasil, primeiro centroavante e artilheiro do Tricolor de Aço, fundaram o Esporte Clube Bahia em 1931.
Meu tio materno Heitor Eduardo de Oliveira foi durante anos seguidos o capitão do meu querido Esporte Clube Ypiranga, time de negros.
O único branco era ele, subgerente da Agência Metropolitana do Banco do Brasil de Salvador. Em 1953/54, meu tio materno Luiz Catharino Gordilho foi Presidente e bicampeão pelo Esporte Clube Vitória.
Não se falava em violência nem corrupção. Sport, Santa Cruz, Náutico e América tiveram grandes presidentes.
Meta essa turma na cadeia, Alessandro, tanto os grandes quanto os pequenos. Principalmente os grandes.
Arthur Carvalho , campeão pernambucano invicto pelo Juvenil do Sport 54/55 e sócio do Sport